terça-feira, 29 de junho de 2010

Ando triste. Não sei, mas acho que você pretende desistir de mim. Fico imaginando o seu rosto: se me parecerei contigo, se terei a tua tristeza ou a alegria de mamãe. E quando eu tiver preguiça e não quiser fazer as tarefas, não me bata papai. Sei, já estou fazendo exigências de antemão, mas precisávamos ter essa conversa. Confesso, pai, sou manhoso. Gosto de brincar, correr e tomar sorvete. Nesse aspecto pareço com mamãe. Pai, quando o senhor for dar aula na universidade posso ir contigo? Prometo me comportar. Ficarei quietinho, só observando. Pai, não sei ainda quando irei, mas quando eu chegar, me receba com lágrimas de contentamento. Não chore muito, porque não fica bem um marmanjo chorando. Só não dispenso o abraço amigo, paterno e feliz.

P.S.: Te amo, pai. Beijos de seu filho que ainda não existe.

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