quarta-feira, 16 de junho de 2010

Acordei com ar de despedida hoje. O cenho embrutecido, o coração melindroso. Tomei café da manhã sozinho, almocei sozinho. A mesa posta, o barulho incontido dos pratos conferiram ao almoço uma aura triste, evanescente. Pensei em casa, família, risos, filhos. Tudo demorou um segundo. Acariciei essa imagem, fitei-a por demasiado tempo. Ri, o meu riso mais simples, e brinquei de fazer planos. Vi você, os meninos e me deu uma saudade do futuro. A vida é gemido de futuro. Já não quero a mesa vazia e o peito perdido. Quero a graça de um riso de criança.

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