segunda-feira, 18 de janeiro de 2010


Perdoa o descompasso tímido dos meus pés, é que não aprendi a dançar quando criança. Não compreendia até ontem o sentido de “dois pra lá, dois pra cá”. Achava que era ritmo sem conteúdo, mecânica de braços e pernas, alheamento brusco; nada mais. Não atentava para o fato de que na dança a aritmética não cabe: o par, o compasso de duas pessoas já não existe. Já não se fala mais em corpos, suprime-se tudo, e só fica a DANÇA. Perdoa, não sei dançar, mas não sei se percebeu meu peito girando e valsando e gritando e movendo-se, numa alegria sutil e boba. Não somos mais um par, somos apenas UM!

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