terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Pleonasmo


Ontem todas as estrelas estavam reunidas no mesmo lugar. Vi, juro, que vi o palhaço Bozo. E antes houve a aparição bombástico-serelepe de “Zezé”. Diferente das outras vezes, vi que “Zezé” já não usava a sua calça justa. Começo a achar que “Zezé” é um fantasma, porque todas às vezes que estou com ELA, “Zezé” aparece, do nada, saído das brumas de uma nuvem branca, ele: “Z-E-Z-É”! Posso escutar ainda de forma dissonante “Zezé” gritando: “É o aaaaammmmoooorrrrr!”

A cena agora é outra. Vejo “Zezé” e o palhaço fugindo de mãos dadas. “Zezé” grita “é o amor!” e o palhaço responde: “É o amor!”. “Zezé” que tem uma alegria triste, diferente da triste alegria do palhaço, se vai e eu fico imaginando “o que ele vai ser quando crescer?”.

Mas depois disso o tablado se esvaziou. E já não era o “mar”, já não era o céu, nem as pessoas; sinto que tudo virou uma alegria egoísta do meu olhar para o olhar dela, do meu coração para o coração dela.

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