quarta-feira, 9 de dezembro de 2009


Não faço do relacionamento um jogo de frases de efeito. Nunca direi “eu te amo” esperando que me digas de volta “eu te amo”. Amores-mecânicos-telegráficos não caem bem. Exijo, unicamente de você, a redundância incansável e incontida de inumeráveis beijos: desses roubados, escondidos, tímidos, sedentos; não importa! Só me importa que sejam beijos. Não quero a retórica dos relacionamentos feijão-com-arroz-mesa-posta. Quero os teus “ais” à meia voz. Quero as palpitações do teu seio na minha mão, as convulsões, o riso. Ah, o riso! Permita que eu o observe, sinta seus timbres e gradações; acho-o escandalosamente lindo: há nele algo que vibra, ressoa, pulsa. Não é um riso egoísta, de si para si, como o de Monalisa. É um riso eterno, que mesmo depois de mim e você, ainda existirá...

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